segunda-feira, 14 de março de 2011

Murphy


Já ouviu falar em Murphy? Não confunda com os smurfs, o Murphy em questão é Eward Alvar Murphy, o criador da lei de Murphy.

A lei de Murphy diz o seguinte: "Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resultar em catástrofe ou em consequências indesejáveis, certamente essa será a maneira escolhida por alguém para executá-la". Ou então "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível". Ou simplesmente "Se algo pode dar errado, dará." - essa última versão, simplificada, é a mais famosa, com certeza você já ouviu alguém falar isso.

Já parou pra pensar em como esse tal de Murphy devia ser pessimista, um daqueles caras que só vêem o lado ruim das coisas? Quem cria uma lei dessa e passa a ver o mundo através dessa ótica, com certeza é deprimido, inseguro, odioso e desesperançoso. O pobre diabo devia ser um homem insuportável, capaz de ver o Senna bater e morrer no GP de Ímola e dizer algo como: "Culpa dele que fica correndo nesses carros a essa velocidade! Onde já se viu! Me espantaria é se não morresse!"

Na verdade, Edward Murphy, ao contrário do que muita gente pensa, não foi um filósofo ou sociólogo que gerou uma lei a partir da observação do ser humano ou dos fenômenos sociológicos. Não. Murphy foi da força aérea norte-americana e piloto de avião durante a Segunda Guerra. Depois de certa idade, começou a trabalhar com experiências relativas à aeronaves de auta-velocidade.

Em meio a esses experimentos criou uma lei. Originalmente, ela dizia simplesmente que a melhor forma de se desenvolver projetos que lidam diretamente com o risco de vida de pessoas é sempre considerar a pior possibilidade. Bem, não dá pra dizer que o cara falou besteira, é uma questão de segurança, certo? Pobre Murphy, o pior aconteceu: a lei começou a ser distorcida, cada vez mais, até que se tornou a clássica "se algo pode dar errado, dará".

Segundo seu filho, Edward A. Murphy morreu amargurado com a fama que sua lei distorcida alcançou. De fato, se ela é conhecida aqui no Brasil, não há motivos pra acreditar que ela não o seja em vários países do mundo! Pobre Murphy, como ele não previu que sua lei poderia ser mal interpretada?

Ele deveria ter aplicado a lei à lei, né? Deu mole.

[Novos textos sempre às terças e sextas]
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3 comentários:

Anônimo disse...

Poxa vida, pegou pesado com o pobre do Murphy: deprimido, inseguro, odioso e desesperançoso... por isso que ele morreu deprimido... rs. Mas, sério, não acho que ele tenha sido tudo isso, talvez fosse só um cara que gosta de se sentir seguro... rs. Beijão!

Anônimo disse...

cara. eu uso isso sempre. rs. vc só precisa se preparar para o pior assim n vai ser pego de surpresa e qnd algo bom acontecer poxaa q legal! rs. os otimistas q se ferram. hahahahhaha
OBS.: eu n sou deprimida e insegura. concordo com a Emanuelle. ele devia ser só um cara q gostava de se sentir seguro.

Anônimo disse...

Acho que tanto o pessimismo quanto o otimismo são visões caricatas de uma possível realidade. Voltaire no livro Cândido e o Otimismo mostra o outro lado: os erros que são fruto do Otimismo: "Tudo está organizado no melhor dos mundos possíveis." Interpreto a lei de Murphy da seguinte maneira: se deu errado, realmente só poderia dar errado, pois não se tem como voltar no tempo e consertar. Ou seja, naquela corrida de 1º de maio, só o carro do Senna poderia bater, pois só o carro do Senna bateu.
Abração.

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