quarta-feira, 30 de março de 2011

Sorriso


Rio, quarta-feira (30/03) - 23:52

Estou passando mal. Quer dizer, estou doente, mas isso não quer dizer que estou mal. Eu explico. Sai do trabalho ontem com dor no corpo, dor de cabeça, febre, dor nos olhos, enfim, todos os sintomas da moda carioca - a dengue. Como tive que buscar meu pai no aeroporto à noite, piorei porque não descansei e fui dormir tarde. Hoje acordei e fui pro hospital ver o que está acontecendo com meu corpitchu. Devido a esse justo motivo, não fui trabalhar [Sorriso nº1]. Depois de tomar um chá de cadeira de 2h e meia, fui finalmente atendido. A suspeita é de dengue mesmo, mas não dá pra bater o martelo porque a doença só pode ser atestada depois de 3 dias, ou seja, a médica mandou eu ficar em casa quarta e quinta e voltar no hospital sexta [Sorriso nº2]

E tem mais! Na sexta, eu vou ao hospital realizar alguns exames. Caso seja dengue, ficarei de molho alguns dias. Mas mesmo se não for, só por ir ao hospital, não trabalharei na sexta também [Sorriso nº3]. Pois bem, ao sair do hospital hoje de manhã, comecei a perceber que ficar doente tinha lá seu lado bom. Cheguei em casa e ela estava vazia. As pessoas da minha familia trabalham e por isso fiquei com a casa só pra mim o dia inteiro [Sorriso nº4]! Não sei se já mencionei o quanto gosto de ficar sozinho, mas isso é assunto pra outro dia. Depois de estudar durante horas (coisa que não fazia há 1 milhão de anos devido à maldita falta de tempo), meu celular tocou - era minha mãe:
- Oi filho, como você tá?
- Oi mão, tô mais ou menos
- Já jantou?
- Ainda não
- Tô chegando pra fazer uma sopinha de ervilha pra você, tá?
- Sorriso nº5
- Que filho?
- Quer dizer, tá bom mãe...

Minutos depois, a sopa já tava cheirando quando ela me gritou da cozinha "filho, trouxe uma coquinha pra você, já tá no congelador" [Sorriso nº6]. Namoral, se eu não tivesse arriado, nao ia rolar nada disso! Antes de dormir, ainda assisti ao fime "O Vencedor". Qnd tinha sido a última vez que eu tinha tido tempo pra assistir um filme assim de bobeira? Nem lembro [Sorriso nº7]! Amanhã eu vou estudar mais, vou cortar o cabelo, ver mais um filme que eu baixei e ainda vai sobrar tempo pra eu ver globosporte e friends, programas que eu não assisto há meses! [Sorriso nº8]

Amanhã vou ligar para a mais amada do universo, minha namorada Camila, pra ela vir aqui em casa pra me fazer cafuné e ficar me dando beijinhos pra eu melhorar mais rápido, afinal, amor cura qualquer coisa né [Sorriso nº9]!? Resumindo: percebi que ficar mal nem é tal mal assim. Até agora já penssei em 9 motivos pra sorrir. Aliás, esqueci de um detalhe: meu estado clínico ainda me rendeu um post no 'tacmg' [Sorriso nº10] Pronto, fechei redondo.

[Novos textos, sempre ás terças e sextas]

quinta-feira, 24 de março de 2011

Gelei

Existem algumas sensações que são raras e inconfundíveis. Reunir a (pouca) coragem para sair do lugar, passar no meio das pessoas e finalmente chegar em frente à menina pra puxar assunto com ela é uma sensação de nervosismo única! Passar pelo portão da escola em direção a rua e pisar na calçada da rua no último dia de aula e dizer pra si mesmo "acabou...", contemplando os dois meses de vagabundagem (também chamada de férias) a sua frente é uma sensação de felicidade única! Ouvir o despertador tocar e em meio a angústia do sono perceber que hoje é sábado e o relógio despertou por engano é uma senação de prazer única!

Tem outra sensação inconfundível que muito provavelmente você conhece. Aquele frio na barriga que dá quando você é pego "com a boca na botija", logo depois de ter feito algo errado. O frio agudo na barriga e a falta de firmeza nas pernas e a voz embargada são instantâneos. Tenho algumas histórias pra contar sobre dar mole e fazer algo errado, e pior, dar mole e ser descoberto! A primeira que vem à cabeça, porém, é a única que vai ao teclado:

Devia ter uns 10 anos. Costumava andar de bicicleta com meu irmão e um amigo nosso no condomímio onde morávamos. Como era o menor, sempre ficava com a pior bicicleta, daquelas que te deixam na mão nos momentos mais importantes, como correr de algum cachorro ou fugir rápido da cena do crime. Enfim, era um sábado à noite e meus pais tinham saído. Eu, meu irmão e nosso amigo estávamos indo pra algum lugar dentro do condomínio, quando a correira da minha bicicleta mais uma vez saiu. Muito irritado, desci do camelo pra recolocar a maldita. Depois de longos 2 minutos consegui e agora era a hora de sair correndo para alcançar meus companheiros egoístas e não-solidarios, que tinham ido embora sem me esperar.

Minha pressa era tanta que quando passei na praça do condomínio, onde alguns carros estacionavam, fui passar em meio a dois veículos e bati no retrovisor de um deles, que veio parar no meu colo. Na hora o já citados frio agudo na barriga e falta de firmeza nas pernas me assaltaram. Tentava pensar rápido, mas não conseguia. Decidi então largar aquele retrovisor no capú do carro e sair dali o mais rápido possível. Só torcia para a a correia daquele ferro velho não saísse. Tudo estava saindo bem com minha fuga quando escutei o famoso grito de repreensão que todo aquele que fez merda tem medo: ÔôÔôÔôÔôÔô...

Gelei. A voz não parecia vir de perto. Mais parecia que vinha do alto, como se o Batman, no galho de alguma daquelas mangueiras, ou o próprio Deus tivesse me chamando a atenção para o que eu estava fazendo! "Não foge não!!". Parei. Procurei. Vi. Era um cara (o dono do carro, descorbiria depois) que estava no terraço de uma casa em frente a praça e viu tudo. O nome disso é flagrante. Disse que eu teria que pagar o prejuízo dele. Eu disse que só tinha 10 anos. Ele disse pra eu chamar meu pai. Eu disse que meu pai tinha saído. Ele, não acreditando, disse que eu teria que ficar ali na praça até meu pai chegar. Assim fiquei. Quer dizer, ficamos, porque em algum momento meus amigos vacilões deram falta de mim. Eu, meu irmão e nosso amigo ficamos "mofando" ali até altas horas.

Depois de muito tempo, meu pai chegou, deus 20 pratas pro cara e a gente foi liberto. A única coisa boa dessas histórias de perrengue é lembrar depois, pois acabam virando aventuras divertidas. Tipo as cicatrizes que a infância nos imprime. Ninguém lembra da dor na hora de falar delas, só fala das estripulias, da coragem, da "arte". Rola um orgulhosinho ao lembrar dos tombos, né? Hoje é engraçado, mas quando eu escutei aquele grito flagrador vindo do céu, eu ali, com a prova do crime (o retrovisor) nas mãos, namoral, não passava nada!

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terça-feira, 22 de março de 2011

Boa Nova


Como disse há cinco textos atrás, não sou muito chegado em carnaval. Por isso viajei para um sitio com mais uma centena de pessoas que também não são fãs da folia exacerbada da semana mais barulhenta do Brasil. fui para o retiro de carnaval da minha igreja. Retiro espiritual, mas que não quer dizer que só fazemos coisas espirituais e ficamos de jejum, orando e louvando ao Senhor. Da piscina ao campo de futebol há muito coisa pra fazer.

Na tarde de segunda-feira, estava eu perto do alambrado do campo, fazendo a "di fora" da pelada, esperando a vez de jogar. De repente, uma movimentação me chamou a atenção. Olhei para trás e vi a uns 5 metros de distância quatro mulheres cochichando alegremente enquanto uma delas segurava uma caixinha de remédios. Como odeio fofoca e acho horrível quem se mete na vida dos outros, decidi aguçar minha audição a fim de escutar o que elas estavam falando. Quase fechando meus olhos de tanto esforço, ouvi embassadamente: "Aqui, menina! Dois pontos quer dizer que você está grávida!"

Das quatro mulheres, a única que poderia estar grávida era a Mimi (é o apelido dela mesmo...). Engraçado que o marido dela estava fora do campo de visão delas, mas estava dentro do meu, já que estava no salão de jogos do outro lado do campo de futebol. O Levi, alheio a tudo, estava jogando ping-pong distraidamente. Não me aguentei! Mesmo revelando que estava prestando atenção numa conversa que não me dizia respeito, gritei: "Mentira que vocês estão descobrindo isso agora!" Elas viraram pra mim e quase juntas disseram que sim, aquele estava sendo o momento inesquecível em que ela descobria a gravidez do seu primeiro filho!

Como numa Eureka, pensei alto: "Putz! O Levi nem sabe! Ele tá ali!" - disse, apontando pro futuro pai! Por um momento tive vontade de sair correndo como o vento, passar pelo meio do jogo, empurrar o cara e dizer com os olhos esbugalhados e fixos nos olhos dele: "Cara, você vai ter um filho!". Mas isso foi só um pensamento. Lógico que quem tem que dar a notícia é a mulher. Pelo menos foi o que eu pensava até a Michele, em meios aos risos, me dizer: "Vai lá falar pra ele..."

Opa, peraí! "Eu!?" - gritei. Ao ver que ela estava falando sério, não perdi tempo. "Tá!" Saí correndo como o vento, passei pelo meio do jogo, empurrei o cara e disse com os olhos esbugalhados e fixos nos olhos dele: "Cara, você vai ter um filho!" A reação dele foi obviamente agitada e desnorteada, como todo homem que descobre que vai entrar numa longa temporada de feilicidades mil e contas a pagar mil também.

Mas depois desse episódio, fiquei pensando. Eu dei a notícia! Euzinho! Seria exagero dizer que para sempre farei parte da história do casal? Afinal, eu nunca vi um terceiro dizer pro cara que a mulher dele tá grávida, é tipo alguém dizer pra mulher que o cara quer casar com ela! Imagina, o homem se ajoelha, olha firme nos olhos da mulher, hesita por uns segundos e diz: "Alessandra, quer casar... com o André?".

O que posso dizer é que foi muito legal. Que boa nova! Nunca dei uma boa tão nova, nem uma nova tão boa!

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Cubano


Fui no aniversário de uma amiga no último sábado. Não a vejo há algum tempo, mas fiz questão de ir, porque de fato somos amigos. Tinha outro aniversário pra ir no mesmo dia, mas dei um jeito de ir lá, mesmo que tarde, porque de fato somos amigos. Não conhecia ninguém que estaria lá porque nossos amigos em comum não foram chamados pra a tal festa, mas fiz questão de ir, porque de fato somos amigos.

E assim foi. Cheguei acompanhado da minha namorada e de um amigo. Não era muito bem uma festa, estava mais para um happy hour. Devia ter umas 15 pessoas lá, comendo pizzas feitas na hora, num forno a lenha perto de uma piscina. O lugar e as pessoas eram bem legais, uma delas, inclusive, me chamou a atenção. Assim que chegamos, um cara, com uns 25 anos, de rabo de cavalo (é, rabo de cavalo) veio, simpáticamente, se apresentar.
- Fala aí gente! Tudo bem com vocês? - nos abordou.
- Tudo ótimo! - respondi.
- Seu nome é..!?
- Meu nome é Jônatas, e o seu?
- Pode chamar de cubano (cubano? Algo me dizia que meu blog ganharia um texto naquela noite).

Ficamos, naturalmente, um pouco deslocados. Eu, minha namorada e meu amigo Felipe achamos nosso lugar num sofá e ali ficamos a papear. De vez em quando conversávamos com pessoas desconhecidas, mas só aquele papo furado que pessoas desconhecidas batem, sabe? Mas como somos muito bons de papo, estava saindo tudo bem. Até que o cubano se aproximou de nós, mas olhou fixamente só pra mim.
- Aí, Anderson - disse se aproximando, claramente querendo falar ao meu ouvido.
- Anderson? - respondi, surpreso.
- Qual teu nome mesmo?
- Jônatas.
- Ah é! É que eu te confundi com o outro cara - apontou para meu amigo, Felipe.
- Ah tá... Mas fala aí!
- É o seguinte...
- Uhn...
- Tu fuma um back?
(Eita)
- Pô, Cubano, não fumo não, cara...
- Não? Tranquilo! - falou num sobressalto, levantando as mãos como se estivesse retirando o que disse, tentando não me contranger - Se você quiser, estamos aí...

Não entendi. Eu estava lá, com minha namorada e meu amigo e ele saiu lá do lugar onde ele estava (Havana?) só pra perguntar pra mim, e somente pra mim, se eu era da turma do D2? Por que não meus acompanhantes? Eu lá tenho cara de maconheiro? Fiquei pensando sobre esse momento bizarro que tinha acabado de viver, quando saiu uma pizzazinha de calabresa acebolada. Nessa hora minha reflexão se esvaziou e fui comer. Vida que segue.

Uns 30 minutos depois, após comer mais uns 37 pedaços de pizza, estava na beira da piscina. Meu amigo Cubano estava no comando do forno a lenha. De repente, escuto:
- Anderson!
- Só pode ser eu - pensei
- Anderson!
- Meu nome não é Anderson cara!
- Putz, foi mal... É Djonatá né?
- Jônatas...
- Então, Djonatãn, escolhe um sabor de pizza aí, pra eu fazer! Temos todos os sabores!
- Que isso cara, já to satisfeito.
- Ah, fala sério! Escolhe aí! Qualquer sabor!
- Pô, já comi pra caramba...
- Escolhe logo John Natan! É só pedir!
- Beleza. Então... sei lá... Chocolate com morango.
- Pô, esse não tem.
- Banana com canela..?
- Pô, também não.
- ...
É difícil não rir nessas horas. O cara era muito figura.

Na hora de me despedir, já fui falar com ele escaldado. "Valeu, cubano! Tô indo nessa..." falei pra ele, como se fôssemos amigos. Juro que nesse momento ele olhou pra mim e ia me chamar de Anderson, mas pensou duas vezes e se absteve de tentar lembrar meu nome "Valeu cara, prazer conhecer vocês!". Ele precisa parar com isso. Queimar neurônios, a longo prazo, se torna um problema sério. Se Fidel conhecesse esse cubano, acho que não ia gostar: "Nosotros no fumamos cigarillos del capeta, nosotros fumamos charuto, cabrón!"

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Mário

[Esse texto também foi publicado no blog Crônicas Dumas Viagens, no dia 16/03]

Se eu conheço? Lógico que conheço o Mário! Desde pequeno! Meu pai era amigo dele antes de eu nascer. Meu avô diz que o viu criança. Coroa gente fina pra caramba. Pra falar a verdade, nem tão coroa assim. O Mário tá numa idade boa, com uns 50 e blau, quase 60 - vendendo saúde. Esses dias até ouvi dizer que ele tá fora de circulação por uns tempos. É, viajou pra abastecer de ar fresco auqueles pulmões.

Benditos pulmões! Mais parecem duas bombas de ar, isso sim. Mário fala alto, sempre falou. Gesticula, ocupa espaço, como se não bastasse seu tamanho. Ô homem grande! Lá na rua, o chamávamos de maiordomundo. Ele gostava, se divertia com o apelido.

Puxa, saudade dele… Já faz um tempo que não o vejo. Tô torcendo pra ele voltar logo pra gente bater papo, falar sobre futebol. Ih, quando a gente para pra falar de futebol, o tempo voa. A grande paixão do Mário é a redonda. Já vimos muito jogo do Flamengo juntos.

Engraçado é que ele não diz pra qual time torce, fala que torce pra todos. Já ouvi dizer que é tricolor. Meu primo jura que Mário é botafoguense, mas eu tenho pra mim que é flamenguista. Não é possível, ninguém grita daquele jeito que nem a gente gritou naquele Flamengo e Cruzeiro de 2003 sem ser urubu.

Enfim, maiordomundo é o cara. Amigo de geral, conhece gente da cidade toda! Ele brinca que tem amigos ao redor do mundo inteiro e vou te falar: eu nem duvido. Com aquela simpatia, pode ser mesmo. Na última vez que conversamos, ele me disse que em 2014 vai organizar uma festa aí e vai trazer gente de todas as partes do planeta. Essa festa eu não perco.

Mário Filho, desse cara eu sou fã.

[Novos textos sempre às terças e sextas]
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Murphy


Já ouviu falar em Murphy? Não confunda com os smurfs, o Murphy em questão é Eward Alvar Murphy, o criador da lei de Murphy.

A lei de Murphy diz o seguinte: "Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resultar em catástrofe ou em consequências indesejáveis, certamente essa será a maneira escolhida por alguém para executá-la". Ou então "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível". Ou simplesmente "Se algo pode dar errado, dará." - essa última versão, simplificada, é a mais famosa, com certeza você já ouviu alguém falar isso.

Já parou pra pensar em como esse tal de Murphy devia ser pessimista, um daqueles caras que só vêem o lado ruim das coisas? Quem cria uma lei dessa e passa a ver o mundo através dessa ótica, com certeza é deprimido, inseguro, odioso e desesperançoso. O pobre diabo devia ser um homem insuportável, capaz de ver o Senna bater e morrer no GP de Ímola e dizer algo como: "Culpa dele que fica correndo nesses carros a essa velocidade! Onde já se viu! Me espantaria é se não morresse!"

Na verdade, Edward Murphy, ao contrário do que muita gente pensa, não foi um filósofo ou sociólogo que gerou uma lei a partir da observação do ser humano ou dos fenômenos sociológicos. Não. Murphy foi da força aérea norte-americana e piloto de avião durante a Segunda Guerra. Depois de certa idade, começou a trabalhar com experiências relativas à aeronaves de auta-velocidade.

Em meio a esses experimentos criou uma lei. Originalmente, ela dizia simplesmente que a melhor forma de se desenvolver projetos que lidam diretamente com o risco de vida de pessoas é sempre considerar a pior possibilidade. Bem, não dá pra dizer que o cara falou besteira, é uma questão de segurança, certo? Pobre Murphy, o pior aconteceu: a lei começou a ser distorcida, cada vez mais, até que se tornou a clássica "se algo pode dar errado, dará".

Segundo seu filho, Edward A. Murphy morreu amargurado com a fama que sua lei distorcida alcançou. De fato, se ela é conhecida aqui no Brasil, não há motivos pra acreditar que ela não o seja em vários países do mundo! Pobre Murphy, como ele não previu que sua lei poderia ser mal interpretada?

Ele deveria ter aplicado a lei à lei, né? Deu mole.

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sexta-feira, 11 de março de 2011

Inteirona


Quem me conhece sabe que sou apaixonado pela Jennifer Aniston. Não meramente por sua beleza, mas pelo seu trabalho. Acho que ela acabou personificando todo o meu vício em Friends, que cortou minha adolescência e está em mim até hoje (se tá passando, eu assisto - não importa se já vi todos os capítulos 3 vezes!). Realmente a acho uma ótima atriz, tanto pra drama, quanto pra comédia, e é claro que ela é muito gata - isso não é mistério pra ninguém.

E foi isso que me espantou esses dias quando entrei no cinema com minha namorada pra assistir a um filminho chamado Esposa de Mentirinha, com Adam Sandler. Eu sei que a Rachel Green já se aposentou há quase 10 anos e que a Jennifer Aniston já não é aquela mulher de quase 30 anos, casada com o Brad Pitt. Ela já tá meio coroa, é inegável, mas ao vê-la no filme de close, de longe, de perfil, de frente, de roupa escrachada, de vestido elegante, de biquini, até de roupa de havaina, cheguei a conclusão: Jennifer Aniston se nega a envelhecer.

Acho que todos - homens e as mulheres - temos que bater palmas pra mulheres assim, porque não é nada fácil manter um corpão depois dos 40. E ela não é a única não! Têm outras mulheres que possivelmente venderam a alma pro capeta, porque não é possível! No Brasil temos nossas Highlanders também. E não pense que estou falando da Ana Maria Braga e Susana Vieira porque pra mim isso é bizarrice - mulheres que entram na faca tentando impedir o impossível. Dessas mulheres, só tenho pena. Estou falando é daquelas que de alguma forma, talvez com muito esforço e uma senhora ajuda da genética de seus pais, estão "inteironas".

Lembra da Babalú, que namorava o Ray em Quatro por Quatro? Então, quase 20 anos se passaram e hoje Letícia Spiller está muito bem, obrigado. Aliás, só pra tirar onda, está grávida atualmente. E ela é nova, se comparada com Cristiane Torlone, que berrou buá buá pela primeira vez em 1957! Nem acho a Torlone bonita, mas que ela tem o tríceps de uma rata de academia de 25 anos, ah isso ela tem. E pra mim, a mais absurda de todas; essa não usa relógio, não tem calendário em casa e nem sabe quando faz aniversário. Não está nem aí pra cronologia da vida e não sente o tempo passar! A super tia: Natália do Vale - 58 anos! Daqui a dois anos ela terá 60 anos, idade clássica de vovó!

Eu acho que no final das contas o que mais pesa é a genética 'dessar mulé'. É o que eu sempre digo: se a mãe é gorda, partiu academia, porque a luta terá que ser implacável. Como minha sogra (como todo o respeito) é linda, estou tranqüilo! Aliás, meu pai também tá bem aos 50. Tudo bem que o cara não come carne vermelha, não bebe refri, não janta, não come frango... enfim, mas não deixa de ser uma boa referência. Vamos ver - o que eu queria mesmo era ser tipo um Jônatas do Vale daqui há 40 anos.

[Novos textos sempre às terças e sextas]
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terça-feira, 1 de março de 2011

Bloco

Confesso que não sou muito chegado em carnaval. Não saberia dizer ao certo o porquê. A religião, talvez - tento largar dela, mas ela não larga de mim. Não que tenham me ensinado que o carnaval é do diabo, errado, maldito ou qualquer coisa assim, mas pelo fato de meus pais não terem me fantasiado quando criança, não torcerem pra escola nenhuma, não ter viajado pra uma cidade como Rio das Ostras, Saquarema ou Ouro Preto no feriado, etc. Coisas que me fariam "viver" o carnaval de uma forma que talvez me fizesse gostar dele. Pra mim, no final das contas, é barulho e doidera. Como não gosto de barulho, nem de doidera... Partiu.

Há coisas no carnaval, porém, que eu gosto. As baterias da escola de samba, por exemplo. Não vejo muita diferença nas escolas, nas fantasias, carros alegóricos, sambas-enredo, mas as baterias... Acho sensacional. Meu sonho é ir na Sapucaí só pra ouvir aqueles monstros barulhentos com mais de 100 ritmistas numa bagunça genialmente ordenada de tamborim, surdo, chucalho, agogô e mais meio dúzia de instrumentos que faz todas aquelas milhares de pessoas dançar. As baterias, mais do que me cativam, me encantam.

Mas tem outra coisa no carnaval que eu me amarro. Os blocos de rua. Não os blocos em si - acho marchinha de carnaval a coisa mais chata do mundo - mas mais precisamente os nomes dos blocos! Rola a cultura dessas concentrações terem nomes divertidos, já que o carnaval de rua é a expressão mais irreverente da festa. Tem muito nome bom! Fala aí, qual você prefere?

Si Dé Certo, A Gente Sai
Banda das Quengas
Cordão do Manicômio
Cordão dos Filhos da Tia
Porre Certo
Se não guenta, por que veio?
Se empurrar, piora
O negócio tá feio e teu nome tá no meio
Quem não guenta, bebe água
Cueca Maneira
Concentra Mas Não Sai
Perna de Cobra
Fogo na Cueca

Mas pra mim, os melhores são:
Medalha de bronze - Meu bem, já volto
Medalha de prata - Pega! Rex!
Medalha de ouro - Simpatia é quase amor
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