segunda-feira, 27 de junho de 2011

Canção Esquecida

Era um dia como o de hoje, cinza. O vento soprava agressivamente na varanda e a temperatura namorava deliciosamente os 20 graus. A inspiração me levou ao quarto, ao violão e ao caderno. 20 graus? Em 20 minutos nasceu uma música sobre o cinza. Sobre o conforto das cobertas, sobre a calma e o silêncio do nublado, um dia sem sol, sem suor. Era um tipo mpb, um pé na bossa, com um refrão legal, fácil de cantar. Juro que era uma boa música.

Pois eu só posso zoar. Porque eu esqueci a música. Esqueci até que ela existia. Um dia, meses depois, lembrei que a tinha feito. Corri pro violão e tentei tocá-la, nada saiu. Os resquícios que ficaram na mente não foram suficientes para recriá-la. Triste, né? Mas vida de compositor é assim mesmo. Escreveu, não leu o pau comeu. Ou compôs e não escreveu, esqueceu.

Tô pensando em aproveitar esse dia cinza de hoje e fazer outra música. Não sei, acho que no fundo eu tenho a esperança daquela música renascer como a fênix de algum lugar inóspito da minha memória. Quem sabe eu ainda cante a canção esquecida.

[Textos sempre às terças e sextas]

3 comentários:

Aumentadora de Pontos disse...

Se escrever outra, não vai ser mais a mesma. Canção esquecida, aliás, daria tema para outra música.

Julio disse...

Falou bem a Priscila, essa já era...rsrs...

ae depois da uma passada no meu lá e comenta
http://madruganalapa.blogspot.com/

Dagoberto Silva disse...

um texto se escreveu em mim. juro! me tatuou, me acordou, me molestou - canalha! acuado, o escrevi, e como não satisfeito, o escrevi de novo, e novo. ele tava aqui, juro! nessa mão aqui ó, juro! ele veio, ele veio... hoje, sei dele lembrança, juro.

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