terça-feira, 9 de março de 2010

Deixa chorar..!


Você já presenciou uma humilhação em lugar público (e cheio) a ponto de você se constranger por outra pessoa? Pra mim, um dos vexames de pior espécie são discórdias barraqueiras entre pais e filhos pequenos.

Porque tem relações entre pais e fihinhos que são completamente desajustadas de modo que um dá esporro, humilha, grita, pisa mesmo no outro, de modo a deixar esse outro sem ação, demoralizado na frente de quem for. E se você acha que eu estou falando de um pai ou uma mãe dando esporro no filho, na na ni na não! Antes fosse! O pior é a criancinha que grita, chora (aquele choro maldito que não tem lágrima, só grito) esperneia, bate, xinga, enfim, humilha com todas as armas o pai ou a mãe (ou, os mais valentes, os dois juntos) deixando-os rendidos no meio da praça de alimentação.

O choro é, sem dúvida, a maior arma dessas criancinhas que ao verem que a situação está fugindo (ou prestes a fugir) um pouco de seu absoluto controle, logo choram, gritando, contorcendo o rosto, tudo isso num movimento crescente constante que logo é interrompido pelo "responsável", que realiza o desejo do pequenino porque não é páreo para seu poderio escandaloso.

O shopping sem dúvida é o local mais escolhido pelos salafrariozinhos para esse tipo de desmoralização. Infelizmente é cada vez mais comum testemunharmos esse tipo de covardia. O constrangimento é todo para a mãe ou o pai. E quer saber? Bem feito! No final das contas, a culpa é deles mesmo.

Tem gente que cria cobra pra acabar picado. A cada vez que o maquiavélico rebento chora pra conseguir alguma coisa e o pai cede, o pequeno ser humano (que é pequeno, mas não é burro) compreende que esse é um caminho fácil e seguro pra conseguir tudo o que quiser. Deixa chorar..! Qual o problema? Deixa chorar..! O que me levou a escrever sobre isso não foi eu ter presenciado mais uma mãe passando vergonha em público, mas o contrário disso.

Vi ontem no ônibus um mulequinhu que no meio da viagem, repentinamente, mostrou as garras vocais pra sua mãe. Aí é que está, ela simplesmente largou o "de'fralda" de lado e deixou chorar! O que impressionou não foi o que veio primeiro: a frieza (a fisionomia de tranquilidade da mãe enquanto seu filhinho se esgoelava por algum motivo banal), mas o que veio depois: quando o nanico percebeu que não conseguiria o que queria, relaxou. E quando a mãe percebeu que seu filho tinha relaxado, voltou a brincar com ele. E elezinho (que não é burro, mas é pequeno) nem se deu conta da raiva que sentia pouco antes, de modo que toda a crise não durou nem 3 minutos, e o final foi feliz.

Minha vó tem uma frase, daquelas que só quem tem neto pode ter: "Ih, criança não morre de tristeza não". Verdade. Então, se o filho é quem dita as regras, ta aí uma dica, nova estratégia: Deixa chorar...

4 comentários:

Anônimo disse...

Cara, uma vez uma mãe aplicou essa estratégia bem no avião e não deu certo. Eu que já estava me borrando com a viagem, ainda tive que aturar o moleque gritando. Quase pulei no pescoço dele, pois com mais de dois andares de altura eu fico descontrolado. Por fim, as aeromoças se mobilizaram e conseguiram calar o pequeno terrorista.

Anna Beatriz disse...

Cara..vc escreve muito...vc não cansa? hehe
Tenta ser mais sucinto..hehe
Abs.

Priscilla Acioly disse...

Não acho que o blog é o melhor lugar para ser sucinto, rs. Isso aí Jônatas, por mim você escreveria até mais! Deixe escrever com objetividade aqueles que querem, escreva do jeito que você quiser.
Esse post foi muito bom!

Anna Beatriz disse...

nossa eu tava brincando...
desculpa gente!! Gosto tbm do que o jonatas escreve...gosto ainda mais de contrariá-lo...

bjs

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