terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Beautiful


Eu e a namorada fomos na casa de uma família de amigos nossos. Numa terça à noite, 6 pessoas boas de papo destaram a falar, a ponto de eu olhar pro relógio desavisadamente e ver que de repente são 22h! "Nossa, estamos aqui já há quase 3 horas conversando!" e não para por aí. Quando deu 0h, foi como se os sinos da meia-noite tocassem para a Cinderela! "Agora é sério, temos que sair daqui!" E metemos o pé.

A casa de Ricardo e Helô é meio longe da minha, de forma que depois de colocar minha amada dentro de seu ônibus e pegar o meu no sentido contrário e percorrer uma viagenzinha de +/- 20 minutos, já era quase 1h da manhã quando desci na esquina da Rua Cachambi (http://maps.google.com) para andar até minha casa.

Se tratando da madrugada e se tratando do Rio de Janeiro, andar é sempre um momento delicado, certo? Pois então, mais ainda se você percebe que logo atrás de você anda, na mesma velocidade de seus passos, um cara de andar malandro, boné escondendo o rosto e mochila virada pra frente. Os mais escandalosos andariam mais rápido, mas preferi ficar na espreita.

A vida é mesmo um sequência de acontecimentos loucos. Fora o Senhor, Criador dos céus e da terra, ninguém pode entender o sentido do mundo, porque são momentos como esses que narro agora que fazem valer a máxima: "a vida é uma caixinha de surpresa" (ou seria "o futebol"? whatever...).

De rabo de olho, vi que meu estereotipado assaltante se movimentou suspeitamente, pegando algo em sua mochila, de modo que me preparei, ou pra correr, ou pra entregar tudo (mais possivelmente a segunda hipótese), quando percebi, bruscamente, algo engraçado...

"You are so beautiful to me... You are so beautiful to me... can't you see..." Joe Cocker cantou o clássico romântico, que no silêncio da Rua Cachambi, às 1h07 da manhã, ecoou com imponência. O clima de suspense se dissipou, transformando a situação num momento de leveza musical, e por que não dizer, romance. Vou te falar que se o cara me chamasse pra dançar coladinho, não sei o que responderia.

Vai entender... Esse negócio de julgar o livro pela capa é complicado.
.

6 comentários:

Anônimo disse...

hahahahah

gostei

Anônimo disse...

Sobre o seu comentário, demorei meses pra aceitar aquela frase. É uma das mais dificeis de entender e de colocar em prática né.

Sobre o seu post, hahaha muito bom.

Jéssica Damasceno disse...

Oi,
Obrigada por visitar o Coisas Minhas.
Volte sempre.

Bjo bjo

Luiz Alberto disse...

Muito bom, brother... Consegui recriar a cena toda na minha cabeça e juro que respirei aliviado no fim. hahaha!

Um abraço,
Luiz Alberto.

Dagoberto Silva disse...

foi só pra mim que não ficou claro o que ele tirou da mochila?

Priscilla Acioly disse...

adoreeei haha

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